quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Oração dos Casais

 
Senhor, o amor já nos conduziu ao altar.
E, na reciprocidade que o amor exige,
juramos, prometemos e nos recebemos
para todos os dias de nossa vida.
Guiados pelo amor e por tua Palavra,
estamos procurando construir a nossa família sobre a Rocha.
Apesar da individualidade e do mistério que somos,
Queremos ser a arte-final que o amor deseja fazer de nós:
uma só carne e uma só alma.
O mundo faz de tudo para banalizar o amor.
E somos fracos e passíveis de enganos.
À nossa volta, há lares ruindo
e famílias terminando por falta de amor.
Há casais desnorteados, sem nenhum horizonte,
porque traíram a si mesmos e a seus filhos.
Nós estamos resistindo aos apelos do mundo.
Por isso, te pedimos, Senhor, cuida de nós.
Porque acreditamos que o futuro da humanidade
passa pelo ventre fecundo da família.
Dá-nos a graça de sermos fiéis até o fim. Amém.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

+ FOTOS

ACAMPAMENTO 2007
CANDEIA

Acampamento Outubro/2006

Datas

nossas proximas datas:
 
01 de setembro - Pizzaria (local a definir) depois do Retiro Bíblico da MEUC (inicia às 19h30min)
20 e 21 de outubro - retiro em Alto Cedros.

As 5 maneiras de demonstrar o amor.


Cinco maneiras de transformar o amor em ação:
· Palavras de afirmação.
· Qualidade de tempo.
· Receber presentes.
· Formas de servir.
· Toque físico.
Cada um de nós tem uma linguagem do amor que achamos fácil falar.
Todas as cinco maneiras são maneiras importantes de demonstrar amor.
Qual é a principal? Cada um tem suas características especificas. Todos temos as necessidade de nos sentirmos amados, saber que nós importamos pra alguém, que somos especiais para alguma pessoa.
Como posso saber o que faz o meu marido ou minha esposa se sentir amada (o)? Conversando ou observando. Precisamos “estudar” um ao outro.
O amor diário será impossível se nós não descobrirmos a primeira linguagem do amor da pessoa com quem vivemos. Provavelmente teremos de descobrir a segunda e a terceira também. Depois de descobrir é preciso agir. Isso é difícil. É como aprender uma nova língua. Quanto mais exercitamos mais habilidosos ficamos.
Vamos estudar as 5 linguagens do amor. Durante o estudo faça as seguintes perguntas para você mesmo:
· É normal eu expressar o meu amor dessa maneira?
· Quão importante é essa expressão do amor para que o meu marido ou esposa se sinta amado ou amada?
· Quão importante é essa linguagem do amor para mim?
É fácil criar expectativas e se machucar quando elas não são atendidas. A nossa tendência natural é expressar o amor da mesma maneira que nós gostamos de recebê-lo. Isso não vai funcionar se nosso marido ou esposa tiverem necessidades distintas.
Se quisermos um relacionamento de profunda intimidade precisamos estudar o outro com os olhos do amor, e então viver as nossas vidas de acordo com isso. Para isso nossas palavras, ações, nosso tempo, dinheiro e corpo precisam comunicar o amor da melhor maneira possível.


1. Palavras de afirmação
“as palavras agradáveis são como um favo de mel,
são doces para a alma e trazem cura para os ossos” pv. 16.24
­
A língua tem poder sobre a vida e a morte... (Provérbios 18.21)
As palavras podem afetar o comportamento e as habilidade de uma forma extraordinária. Precisamos preservar o amor, a gentileza e o respeito nas nossas conversas. Para que o outro se sinta amado através do que dizemos, precisamos afirmá-lo. De que maneiras eu posso usar de palavras de afirmação?

a. elogiando
Pessoas que não foram elogiadas quando crianças terão dificuldade em receber elogios e muito mais em elogiar. Mas é possível aprender. Elogios chamam a atenção para coisas que admiramos na outra pessoa. Muitos deixam esses pensamentos trancados na cabeça. Achamos que são muito simples, supérfluos ou que o outro já sabe. Elogiar é uma ótima maneira de cuidar do outro.
· Você fica muito bonita nessa roupa.
· Você fez um ótimo trabalho.
· Eu amo como você sempre sabe a coisa certa para dizer.
· Seu jeito de pensar é muito interessante.

b. agradecendo
A gratidão oferece valor às pessoas. Quando vivemos juntos é muito fácil “passar por cimas” das coisas que o outro faz por nós. Algumas coisas são pequenas, outras comuns e normais, outras demonstram grande carinho e exigem grande dose de esforço. Mas todos carecem de reconhecimento. Reconhecimento tem embutido gratidão e envolvimento.

c. encorajando
Inspirar coragem no outro. Todos nós nos sentimos inseguros em alguma área de nossas vidas: falta-nos coragem. Está em nossas mãos a capacidade de encorajar o outro para que alcance seu potencial. Da mesma forma, quando criticamos, nossas palavras têm o poder de gradualmente privar nosso parceiro de sua auto-estima e confiança. Quando encorajamos dizemos ao outro: “eu acredito em você”.

d. sendo atencioso
Palavras atenciosas edificam, enquanto palavras impróprias e impensadas provocam muito dor em um relacionamento. Precisamos escolher as palavras com cuidado. Palavras precisam ser afirmativas, de encorajamento, gentis, para que sirvam de alicerce pra outras áreas da vida.

e. pedindo
Existe um mundo de diferenças em exigir e pedir, especialmente no casamento. Quando pedimos algo estamos afirmando as habilidades do outro. Se exigimos nos tornamos intolerantes. Podemos nos tornar exigentes quando negligenciamos as habilidades e dons da outra pessoa.

Se a afirmação verbal for a primeira linguagem do amor de seu marido ou esposa e ele ou ela passar muito tempo sem receber, provavelmente eles se sentirão deprimidos. Voltar a ouvir palavras positivas será como chegar a um Oasis no deserto. Precisamos aprender a edificar nosso parceiro com palavras de amor para que alcancemos um novo nível de amor e intimidade no casamento. As palavras que usamos têm poder de renovar o amor a cada dia. A crítica e a auto-piedade são poderosas ferramentas de separação. Palavras de afirmação são poderosos instrumentos de união.

2. Gentilezas (formas de servir)
Paulo descreve a bondade como a segunda característica do amor. Mostramos bondade ao outro de maneiras práticas: fazer café, fazer um bolo, passar uma camisa, conserta algo... tudo isso feito com boa vontade expressa o nosso amor. Para aquelas pessoas que se sentem amadas com esses gestos, no entanto, são as ações não rotineiras que comunicam o amor de uma maneira mais forte. As ações inesperadas são determinantes. Entre ações rotineiras e inesperadas, surge a pergunta: Por que ela ou ele faz isso por mim? A resposta deveria ser: Porque ele/ela me ama!
História do Sr. Stamatis. Idoso tinha uma ervilha desde criança no ouvido, não ouvia bem. O médico tirou a ervilha e ele passou a ouvir as reclamações da esposa. Ele não agüenta mais e pede para o médico colocar a ervilha de volta. O médico se recusa e dá alguns conselhos: “trate ela bem; busque lenha antes que ela peça, traga uma flor pra ele cada vez que você voltar do campo, se estiver frio coloque um xale sobre os ombros dela, se estiver quente traga um copo d’água. O Sr. Stamatis ficou irritado, queria a ervilha de volta, mas o médico lembrou o juramento de Hipócrates e uma frase dele: “doenças extremas exigem remédios extremos”. O idoso voltou para casa e no caminho achou um flor, meio envergonhado se abaixou, deu uma espiada em volta para ter a certeza de que ninguém estava vendo e colheu. Puxou o cinto ajeitou as calças e olhou em volta, como um menino que furta alguma coisa. Foi pra casa com a flor escondida dentro do casaco.
Um casamento sólido existe quando tanto o marido quanto a esposa encontram oportunidades para servir ao outro e demonstrar seu apreço pelo que o outro faz. Precisamos converter o amor em ação.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Como ouvir melhor.

Duas pessoas podem conversar uma com a outra debaixo do mesmo teto durante anos e, ainda assim, nunca se encontrar de verdade.
Nosso marido, ou nossa esposa, esta contando sobre o seu dia para nos. Nós continuamos olhando para a TV ou lendo o jornal, emitindo um som de vez em quando. O telefone toca. E um de nossos amigos. Ouvimos a cada palavra do que ele diz. O nosso parceiro nos ouve responder animados, realmente interessados, demonstrando uma simpatia profunda ou uma alegria autêntica com o conteúdo da conversa. Fazemos longos silêncios enquanto procuramos entender exatamente o que nosso amigo esta nos dizendo. Fazemos um sinal para que nosso marido ou mulher abaixe o volume da TV e sentamos numa cadeira de costas para ele ou ela, dando ao telefone nossa total atenção.
A maioria das pessoas é perfeitamente capaz de ouvir, mas realmente não fazemos isso com a pessoa que mais vemos e cuja voz mais ouvimos. É fácil pensar que a parte mais importante da comunicação é falar: ser articulado, um bom contador de historias, ter sabedoria para divulgar e opiniões para proclamar. A Bíblia desafia claramente essa visão, enfatizando muito mais a necessidade de ouvir. O livro de Provérbios nos diz que quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha (Provérbios 18.13). Mas quantos de nos não fazemos exatamente isso? O apostolo Tiago no Novo Testamento nos alerta de maneira semelhante: "Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se" (Tiago 1.19). Talvez seja por isso que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca - para que possamos aprender a ouvir duas vezes mais do que falamos. Quando vivermos de acordo com o conselho de Tiago, todos os nossos relacionamentos funcionam melhor.
Como seres humanos, um de nossos maiores anseios é ser ouvido e compreendido. Isso satisfaz uma necessidade fundamental que qualquer pessoa tem - a de não ficar sozinha. A organização inglesa Os Samaritanos lançou uma campanha publicitária com um pôster de uma orelha enorme e um texto que dizia: "Aberto 24 horas" . A organização existe para dar apoio a qualquer pessoa, oferecendo um ouvinte disponível a qualquer hora. Algumas pessoas fazem aconselhamento ou terapia simplesmente para garantir que pelo menos uma pessoa ouvirá o que elas têm para dizer durante mais ou menos uma hora. Com certeza nos não deveríamos ter que pagar por isso.
No casamento, corremos o perigo de não nos dar ao trabalho de ouvir, ou por preguiça ou porque achamos que já sabemos o que o outro vai dizer. Facilmente adquirimos hábitos prejudiciais, como interromper o outro, simplesmente se desligar, ou terminar a frase do outro antes dele. Nas palavras de um conselheiro:
O dom de ser um bom ouvinte, que exige pratica constante, é talvez o dom com o maior potencial de cura de todos; pois permite ao outro simplesmente ser, coloca o outro em um lugar seguro, não o julga nem aconselha, e comunica apoio num nível mais profundo que as palavras.
Ouvir é uma maneira poderosa de demonstrar que o outro é importante para nós, mas é também um exercício difícil. Ouvir nosso marido ou mulher à medida que ele ou ela derrama seus sentimentos ou expressa as suas opiniões requer esforço.
Muitos de nós não somos bons ouvintes, embora poderíamos ser. Melhorar nossa capacidade de ouvir, porém, é investir no nosso casamento. As seguintes cinco categorias nos ajudaram a identificar as nossas falhas nesse sentido. (alguém pode se identificar com todas as cinco!)

AS CINCO CATEGORIAS DO MAU OUVINTE

1. O palpiteiro
­Em vez de tentar simpatizar com nosso marido ou mulher, o palpiteiro quer resolver o problema, dando uma sugestão rápida: "E isso que você precisa fazer". Caso levado a um extremo, e se não houver consciência do problema, essa mania pode levar a destruição de um casamento:
Conheci Patrick quando ele tinha 43 anos e estava casado há dezessete. Lembro-me bem dele porque suas primeiras palavras foram dramáticas. Ele se sentou na cadeira de couro de meu escritório e após uma breve apresentação inclinou-se para frente e disse tomado de grande emoção: - tenho sido um idiota, um perfeito idiota!
Perguntei-lhe:
- o que te fez chegar a essa conclusão?
- Tenho 17 anos de casado e, de repente, minha mulher me deixou. Só agora pude perceber como sou idiota!
Ao ouvir suas palavras, mantive minha pergunta inicial:
- De que forma você acha que tem sido um idiota?
- Deixe-me explicar. Minha esposa chegou em casa após um dia de trabalho e contou-me que estava passando por alguns problemas em seu emprego. Eu a ouvi e disse-lhe o que ela deveria fazer. (Eu sempre lhe dei conselhos). Os problemas não costumam sumir facilmente, e ela deveria conversar com as pessoas envolvidas ou o supervisor de seu departamento. Seria necessário que ela enfrentasse aquela situação. No dia seguinte,porem, ela chegou do serviço e falou dos mesmos problemas. Eu então perguntei se ela fizera o que eu sugerira no dia anterior. Ela sacudiu a cabeça e disse que não. Repeti, naquele momento, o mesmo conselho. Disse-Lhe que aquela era a forma correta de lidar com a situação. No dia seguinte ela chegou em casa e apresentou novamente os mesmos problemas. Mais uma vez eu lhe perguntei se fizera o que eu propusera. Mais uma vez ela sacudiu a cabeça e disse que não.
Após umas três ou quatro noites fiquei muito bravo e disse-lhe que não contasse mais comigo enquanto não fizesse o que eu lhe recomendara. Ela não precisava viver sob aquela pressão, pois resolveria seu problema se simplesmente fizesse o que eu lhe falara. Na próxima vez em que ela veio-me falar sobre aquele problema, eu lhe disse:
- Não quero mais ouvir sobre isso. Já lhe falei varias vezes o que fazer. Se você não quer ouvir meus conselhos também não desejo mais ouvir falar sobre este assunto!
(.. .)
Ele prosseguiu o seu relato: - Eu me retirei e dirigi-me ao meu trabalho. Como fui idiota! Agora percebo que, quando ela me falava sobre suas lutas no trabalho, não desejava meus conselhos. Ela queria solidariedade. Desejava que eu a ouvisse, desse-lhe atenção, E dissesse-lhe que entendia, a dor, a pressão e a tensão pelas quais passava. Ela queria ouvir que eu a amava e estava ao seu lado ela não desejava conselhos, porém a minha compreensão. Mas eu jamais tentei entendê-Ia. Estava muito afastado dela ao conceder-lhe apenas conselhos.

2. O chato
Em vez de ouvir o que o outro fala, é muito fácil ficar pensando sobre o que falar depois. A maioria das pessoas não ouve com a intenção de entender, elas ouvem com a intenção de responder. Quando não estão falando, elas estão se preparando para falar. Geralmente sobre sua autobiografia.
Um indivíduo ouve, em média, dezessete segundos antes de interromper. Às vezes isso se torna um hábito tão arraigado que maridos e esposas não têm sequer consciência de que estão interrompendo o outro. Esse hábito é ainda mais perigoso para o mais articulado dos dois. Algumas pessoas costumam elaborar sua opinião à medida que falam, enquanto o seu parceiro muitas vezes costuma primeiro pensar no que dizer e só depois falar. Nesses casos, é preciso muita determinação para não terminar as frases do nosso marido ou mulher, ou responder o que nos achamos que eles dirão. Precisamos aprender a esperar e ouvir, pois o chato pode acabar desencorajando completamente o seu parceiro.

3. O confortador
O confortador é a pessoa que se apressa, antes do outro terminar sua frase, em tecer comentários como: "Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem", ou "Você vai se sentir bem melhor amanhã". Os confortadores impedem qualquer expressão real dos sentimentos, quer sejam de ansiedade, de decepção ou mágoa, muitas vezes porque eles mesmos precisam da segurança de que não existe nenhum grande problema, e que a sua própria vida pode continuar tranqüilamente.

4. O racional
O racional, em vez de procurar ouvir, concentra-se em explicar porque nos sentimos assim. Ao ouvir "Eu tive um dia terrível", ele responde: "Isso, sem dúvida, é o resultado de uma combinação de fatores - o clima esta ruim, você esta sob pressão no trabalho e você provavelmente esta preocupado com as finanças".

5. O cara que muda de assunto
Algumas pessoas, ao invés de comentar o assunto em questão, levam a conversa por outro caminho, geralmente para algum assunto que interesse os dois. Eles dizem "isso me lembra aquela vez em que...", e lá vamos nós.
Nós todos temos a capacidade de nos tornarmos bons ouvintes, mas precisamos estar dispostos a reconhecer onde falhamos, e a aprender. As seguintes recomendações podem parecer artificiais a princípio, mas elas são essenciais para um bom ouvinte, e tem nos ajudado a melhorar nossa comunicação no decorrer dos anos.

APRENDENDO A OUVIR

A. Dedique sua atenção completa
Um filme mostra uma adolescente que se rebela contra os valores dos seus pais. Logo no início do filme, a menina quer conversar com o pai sobre algumas questões que a preocupam. Ele está desesperado para terminar um texto, e continua a trabalhar no seu computador enquanto ela tenta juntar a coragem para expressar seus sentimentos. Os olhos dele nunca deixam a tela do computador, e depois de alguns minutos ela resolve não dizer nada. A incapacidade do pai em ouvir teve conseqüências desastrosas sobre a vida da filha.
No outro extremo, uma mulher escreveu sobre o seu pai: Eu tinha tanto orgulho dele, com os seus altos cargos no governo indiano. Eu ainda consigo vê-lo, vestido impecavelmente, ajustando seu turbante no espelho antes de partir para o escritório. Os seus olhos amigáveis debaixo das grossas sobrancelhas, o sorriso gentil, o rosto bem delineado e o nariz aquilino. Uma das minhas melhores lembranças era de vê-lo trabalhando no escritório. (...) Muitas vezes, quando eu era menina, tinha alguma pergunta que eu queria fazer, e eu espiava pela porta entreaberta do escritório, hesitando interromper. Então o seu olhar se cruzava com o meu.
Largando a sua caneta, ele se inclinava na sua poltrona e chamava: "Venha, querida, sente aqui". Então, ele perguntava gentilmente, "o que eu posso fazer por você?" Ele não se importava que eu o incomodasse. Sempre que eu tinha uma pergunta ou problema, independente de quão ocupado ele estivesse, ele deixava seu trabalho de lado para dedicar toda a sua atenção para mim.
Um pai demonstrou que estava ouvindo. O outro falhou nesse sentido. No casamento, assim como com os filhos, dar total atenção comunica amor.
Os estudos de comunicação revelam que menos de dez por cento daquilo que queremos comunicar envolve o uso das palavras. O tom da voz vale por mais ou menos quarenta por cento, e nossa linguagem corporal pelos outros cinqüenta. Isso vale tanto para ouvir quanto para falar.
A proximidade física ajuda na comunicação: gritar nossas conversas de um quarto para o outro não é muito eficiente. Se o seu marido ou esposa precisa contar alguma coisa que o chateou, sentar perto dele, abraçá-lo e, o mais importante de tudo, olhar para ele demonstra o seu interesse. O contato visual passa a mensagem: "Eu estou interessado no que você esta dizendo, e eu estou te dando a minha atenção completa" .

B. Enfrente as distrações
É difícil dedicar à atenção completa quando existem coisas práticas que precisam ser feitas. Um pode tranqüilamente sentar em meio ao caos, ou arrumar as coisas e ter uma conversa profunda ao mesmo tempo. Outro não consegue se concentrar no que está sendo dito. Também é difícil ouvir alguém quando existem muitos barulhos ao fundo. Se tiver uma TV no mesmo quarto, é praticamente impossível a concentração no que a outra pessoa está dizendo.
Mais forte do que a TV ou um jornal, no entanto, é que, inconscientemente, nós muitas vezes gastamos muito mais tempo numa conversa ouvindo a nós mesmos. É como se houvesse uma TV ligada dentro de nós, que constantemente chama a nossa atenção. As palavras da outra pessoa engatilham nossos pensamentos e memórias.
Se o nosso marido diz: "Eu estava falando com o Chris hoje; a mãe dele acabou de morrer", nós imediatamente começamos a pensar sobre Como nos sentimos quando perdemos um dos nossos pais. Se nossa esposa diz: "Eu estava voltando de carro para casa e as flores estavam lindas..." a nossa mente se enche de pensamentos obscuros sobre tudo o que precisa ser feito no jardim. Assim, os nossos próprios pensamentos e memórias obstruem o nosso ouvir, e pode ser que nossa próxima observação não tenha nada a ver com o que nosso parceiro estava dizendo.
Pode ser difícil não desenvolver uma conversa separada em nossa própria mente, especialmente se estivermos ocupados e nossa mente estiver cheia. O nosso objetivo deveria ser deixar nossos pontos de vista e nossas agendas de lado e tentar entender o que nosso parceiro esta dizendo. Stephen Covey enfatiza o impacto dessa atitude:
Procure primeiro entender, e depois ser entendido.
É significativo que o ideograma chinês para ouvir inclui símbolos para os olhos, o coração e a mente, assim como para o ouvido.

C. Demonstre interesse
Se decidirmos nos interessar pelo que a outra pessoa está dizendo, ouviremos com cuidado; caso contrário é fácil se desligar. Uma mulher nos contou sobre as suas visitas a casa da sua mãe. Ela queria aproveitar a oportunidade para conversar sobre questões importantes, o significado da vida, e assim por diante. A sua mãe, no entanto, gostava de discutir questões mais mundanas, como o preço da batata, o cachorro do vizinho, ou um programa de TV. A filha rapidamente parava de ouvir, pensando em como a sua mãe levava uma vida chata.
Então um dia, de repente, ela percebeu que essa era a vida da sua mãe. Isso a pegou de surpresa. "Eu disse a mim mesma: 'A minha mãe sempre se interessa por tudo o que eu faço', e eu de repente percebi que eu não fui muito generosa com ela. Então eu fiz um esforço consciente para me interessar e ouvir, e isso tem feito uma diferença enorme no nosso relacionamento."
E inevitável que as pessoas tenham interesses diferentes. Esforçar se para ouvir o que os outros consideram interessante é uma maneira admirável de demonstrar nosso amor.
Se quiser ser interessante, seja interessado. Faça perguntas que o outro vai gostar de responder.

D. Ouça de maneira inteligente
Reviver e descrever em detalhes alguma ferida ou problema antigo pode ser difícil. É mais fácil contornar o assunto ou falar sobre ele com humor. Às vezes é preciso ouvir o que esta por trás das palavras do outro, e detectar um assunto oculto. Um bom ouvinte terá a coragem de fazer o outro se expor com perguntas gentis nos momentos certos.
Precisamos dar ao outro tempo para falar, porque muitas vezes não sabemos exatamente porque nos sentimos como nos sentimos. Articular a nossa dor nos permite começar a ver as coisas em perspectiva. Não tenha medo dos momentos de silêncio. Para algumas pessoas, o silêncio ajuda a organizar os pensamentos, e esperar em silêncio demonstra a nossa preocupação.

E. Ouça sem crítica
A comunicação floresce na aceitação mútua, e é esmagada pela crítica. Nós precisamos aprender a ouvir sem ser defensivos e nem metidos. Entender os sentimentos do nosso marido ou esposa já é meio caminho andado para resolver uma situação difícil.
Muitas vezes, quando conversamos com nosso marido ou esposa, nossas emoções ainda estão cruas. As nossas palavras podem parecer confusas e contraditórias, podemos mudar de idéia sobre os nossos sentimentos à medida que nos expressamos. O ouvinte fracassa completamente (e cruelmente) se começar a catar furos no caso do seu marido ou mulher, ou em sua lógica.

F. Reconheça os sentimentos do seu parceiro
Repetir com nossas próprias palavras o que nosso parceiro está nos dizendo e muito útil, especialmente quando sentimentos profundos estão sendo expressados. Isso permite que nosso marido ou esposa saiba que estamos na mesma freqüência, e que nos o compreendemos bem.
Por exemplo, uma esposa diz: ''As crianças estão me deixando louca - elas não pararam de gritar e brigar o dia todo". Em vez de imediatamente sugerir uma solução, o marido pode primeiro reconhecer os seus sentimentos, dizendo: "Isso deve ter sido extremamente difícil para você".
Ou um marido diz: "Eu não sei como e que a gente vai fechar as contas. Não consigo ganhar mais. Estou realmente preocupado com isso". A sua esposa pode demonstrar que ouviu os sentimentos do marido dizendo: "Eu sinto muito que você esteja tão preocupado. Vamos conversar sobre isso".
Ou uma esposa diz: "Eu fiquei muito chateada quando você, de repente, me Contou sobre a possibilidade de um emprego novo. Se tivermos que nos mudar, eu odeio a idéia de perder o contato com nossos amigos". De novo, o marido precisa mostrar que ouviu e entendeu o que ela está sentindo, talvez respondendo: "Eu não tinha pensado que você ficaria chateada com a perspectiva de perder o contato com os amigos". Usar exatamente as palavras do nosso parceiro, no mínimo, indica que estamos ouvindo.
Reconhecer sentimentos dessa maneira pode parecer não natural e forçado a princípio, mas é uma ferramenta poderosa para aprender a ouvir e construir a intimidade emocional.
Nicky Alguns meses atrás um líder largou um de nossos cursos. Embora minha agenda estivesse lotada de compromissos à noite, eu não vi outra saída a não ser concordar em liderar o grupo eu mesmo durante quatro noites. Quando eu contei para a Sila, eu esperava a compreensão dela pelo meu comprometimento extra em termos de tempo e trabalho. Ao contrario, a Sila ficou brava e foi injusta, ou pelo menos essa foi a minha impressão.
Algumas semanas depois, ela começou a me dizer como ela estava decepcionada comigo por eu ter disponibilizado algumas das nossas noites livres sem conversar com ela antes. Cheio de autopiedade, eu imediatamente defendi a minha decisão. Eu percebi depois que o que eu realmente deveria ter feito era ouvir a Sila, e compreender os seus sentimentos. Ela estava ferida. Ela sentiu que as pessoas do curso eram mais importantes para mim do que a nossa família.
Em situações como essa, o objetivo é entender e aceitar os sentimentos do companheiro, e não julgar se eles estão certos ou errados.

G. Só dê conselhos quando lhe pedirem
Nós precisamos nos proteger do desejo de resolver o problema. Dar conselhos é muitas vezes contraproducente, porque o que o outro precisa não é de uma solução rápida. Quando damos um conselho, pode parecer que estamos diminuindo a importância dos sentimentos do outro. O processo de explorar os nossos sentimentos e ir ao encontro do outro com aceitação e empatia e a solução. Geralmente, quando nosso marido ou mulher quiser nosso conselho, eles vão pedir.


Aprender a ouvir pode transformar o nosso casamento completamente.

"Nós aprendemos a ouvir de uma forma muito melhor, e não sentimos mais a necessidade de culpar o outro."
"Eu aprendi a ouvir as reais necessidades da minha esposa."
"Para nos, foi bom ouvir o outro com ouvidos de compaixão."
"Ouvir ajudou a nós dois. Nós deixamos o outro terminar o que ele tem para dizer."
"Eu aprendi a ouvir de uma nova maneira; as coisas pequenas são importantes."
A arte da comunicação

Conclusão
Diane Vaughan, uma socióloga que trabalha na Oxford University, dedicou dez anos a pesquisar os motivos pelos quais os casamentos acabam. Como parte de sua conclusão, ela escreveu:
Começa com o parceiro que se sentiu descontente primeiro. Primeiro, ele ou ela tentara esconder o descontentamento, fingir que ele não existe, ou que ele vai sumir. Ao invés disso, ele cresce cada vez mais forte, e depois de algum tempo aquela primeira pessoa tentará mostrar o problema ao parceiro, geralmente com dicas vagas ou reclamações que são quase sempre ignoradas ou passam despercebidas.
Em outras palavras, os seus dez anos de pesquisa revelaram que, em quase todos os casamentos que acabam, existe uma falha de comunicação.
Não existe nenhum substituto no casamento para falar bem e ouvir bem. Dois indivíduos que pensam diferente e sentem de maneiras diferentes se juntam e se tornam um só. A comunicação é a ponte que conecta um ao outro, pois nós não sabemos ler mentes, e nem ver o que existe dentro do coração do outro. Quando não conseguimos nos comunicar, nós erguemos a ponte e nos retiramos em nosso castelo solitário. À medida que nós optamos por nos comunicar, nós baixamos a ponte e convidamos o outro para entrar. Nós concedemos ao outro acesso aos nossos lugares secretos.
Segunda regra de ouro do casamento
Continue falando e continue ouvindo o outro.


Como conversar melhor.

A importância da conversa:
O casamento é só uma grande conversa, intercalada com discussões. Duas pessoas adaptam cada vez mais as suas idéias para se adequar ao outro e, com o tempo, elas conduzem umas as outras a novos mundos de pensamento.
A tragédia de muitos maridos e mulheres é não reconhecer que o maior esforço deveria ser feito um com o outro.
Se não planejarmos tempo para o outro, a tendência é que nos encontremos nos nossos piores momentos: cedo de manha, quando mal estamos acordados, ou no final da noite, quando estamos exaustos. A TV ou o jornal tomam o lugar da conversa, e o que existe consiste de nada mais do que pequenos pedidos funcionais: "Você poderia comprar leite?" ou "Você poderia pagar este boleto para mim?", ou uma simples troca de fatos: "Ivan morreu" ou "Nasceu o bebe da vizinha".

Fazendo um esforço
Se, no nos só primeiro encontro com nosso marido ou com nossa esposa, nos não tivéssemos nos dado ao trabalho de conversar com eles, provavelmente não estaríamos casados hoje. Os relacionamentos crescem quando nos esforçamos. Uma mulher a ponto de se envolver com outro homem nos contou por que ela se sentiu tão atraída por ele: "Ele parecia estar interessado em mim - me fazia perguntas e tal".
Nunca descobriremos o quanto uma pessoa e interessante se não nos esforçarmos em nos interessar por ela. Um grande segredo do casamento é fazer perguntas sobre o dia, sobre as atividades do outro, suas preocupações, interesses, ansiedades, esperança e planos. Podemos descobrir o que o outro pensa sobre as questões do dia-a-dia ou sobre assuntos mais importantes.

Um casal desenvolveu uma estratégia: Assim que o marido sai do trabalho ele considera que o tempo pertence a sua esposa. Então, durante a sua volta para casa, ele começa a pensar sobre ela e sobre como ela passou o dia, preparando-se assim para revê-la e para a sua noite juntos. Ela faz o mesmo enquanto espera a sua volta. Esse esforço mútuo leva tranqüilamente a conversa, e é difícil que ele não aproxime um casal e aprofunde a sua amizade.
Outras situações exigem um grau semelhante de esforço.

Ampliando o nosso leque de assuntos
Alguns casais acabam numa situação em que não tem sobre o que conversar.

Às vezes precisamos decidir conscientemente demonstrar interesse peias coisas de que o nosso marido ou mulher já gosta. Isso pode significar fazer de novo o que nos fazíamos quando nos conhecemos; ou pode ser que nos tenhamos que encontrar uma nova atividade que atraia aos dois. A lista de possibilidades é infinita, e poderia incluir: praticar um esporte novo; começar a fotografar e começar um registro da vida em família; reformar a casa; cuidar do jardim; ir a mercados ou participar de uma feira de antiguidades; visitar lugares que não conhecemos; assistir a esportes, talvez torcer por um time; ir ao teatro ou ao cinema; ler poesia; caminhar; ouvir musica.

Depois podemos discutir as nossas diferentes reações. Precisamos descobrir os pensamentos e sentimentos do outro: o que eles gostaram Ou não gostaram, o que eles querem fazer da próxima vez, e assim por diante.


Aproveitando as refeições
O significado original da palavra companheirismo e comer o pão juntos.
O compartilhar da comida é uma atividade social importante. o ato de compartilhar uma refeição é o melhor fórum já criado para arejar pesares e celebrar prazeres.
Na época bíblica, as refeições eram uma oportunidade de desenvolver amizades. Talvez isso esteja por trás da escolha das palavras de Jesus quando ele descreve seu desejo de um relacionamento conosco:
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo" (Apocalipse 3.20).
Comer juntos sempre foi vista como algo positivo. O perigo das comidas embaladas e dos microondas e permitir que as pessoas comam rapidamente e sozinhas. Em algumas partes dos EUA, isso já foi tão longe que algumas casas estão sendo arquitetadas sem um lugar para as refeiç6es conjuntas, mas com um lugar para a TV em cada quarto.

Conversando sobre os nossos sentimentos
os homens geralmente têm mais dificuldade em expressar seus sentimentos da que as mulheres. No passado com certeza, e até certo ponto hoje em dia, esperava-se dos homens que guardassem os seus sentimentos para si, enquanto as mulheres deveriam compartilhá-los com os amigos e a família.
Algumas pessoas não se consideram "do tipo emotivo", mas as emoções são uma parte fundamental do ser humano, e nós precisamos aprender a falar sobre os nossos sentimentos se quisermos nos comunicar bem no nosso casamento.
Se aprendermos a expressar os nossos sentimentos quando estamos nos sentindo bem, então existe uma chance muito maior de conseguirmos fazer a mesma coisa quando sob pressão.
E provável que, em um casamento, passemos por tempos difíceis, como dificuldades financeiras, doenças serias, um acidente de carro, problemas com um filho, um aborto, a perda de alguém. A maneira como lidamos com uma crise pode fortalecer ou destruir um casamento.
Mas uma parte essencial de lidar com essas experiências como casal é expressar nossos sentimentos, independente de quão dolorosos eles sejam, permitir que o outro reaja de uma maneira diferente.
Se quisermos desenvolver uma comunicação profunda, precisamos ser sinceros sobre o nosso ser interior e precisamos nos tornar vulneráveis ao outro. Se não conseguirmos comunicar emoções dolorosas e complexas e tentarmos segurar a barra sozinhos, nós nos afastaremos. Para aqueles que se sentem incapazes de reconhecer os seus sentimentos, muito menos falar sobre eles, e possível mudar. Uma boa maneira de começar e escrever três ou quatro coisas (menos ou mais importantes) que aconteceram conosco durante um dia normal. Ao lado de cada um desses eventos, anotamos o que sentimos a respeito deles. Então, por exemplo:
Peguei o ônibus - me senti entediado/alerta/cansado; dei um telefonema - fiquei com raiva/esperançoso/ansioso; fui ao banco ­me senti envergonhado/calmo/achei um saco; encontrei meu marido ou minha mulher - me senti feliz/tenso/empolgado.
Quem não está acostumado, vai precisar de coragem para começar a articular essas emoções. Como e provável que nos sintamos expostos e vulneráveis, precisamos ter certeza de que nosso marido ou nossa esposa não nos rejeitara, nem ficara bravo ou nos culpará pelo que revelamos.

Escolhendo o momento certo
Embora seja importante não ter segredos um para com o outro, e ser capaz de expressar os nossos sentimentos, não é sempre correto dizer imediatamente o que pensamos. Nós precisamos pensar cuidadosamente sobre os efeitos de nossas palavras. Ha um provérbio na Bíblia que diz: A palavra certa na hora certa e como uma jóia feita por encomenda (Provérbios 25.11). Saber se controlar até um momento mais apropriado faz parte do custo da vida. Pode ser que isso signifique esperar até que nenhum dos dois esteja cansado demais ou preocupado demais, e os dois tenham tempo de conversar sobre a questão até o fim.
Um casal descreveu o que eles fazem quando um dos dois se irrita com o comportamento do outro e sabe que aquela e, muito provavelmente, uma questão sensível. Em vez de falar sobre o problema imediatamente, eles primeiro conversam com Deus, pedindo a ele que faça com que o assunta surja no momento oportuno. Eles tem se surpreendido com a freqüência com que o outro toma a iniciativa de tocar no assunta.

Expressando o afeto
Embora seja sábio esperar para trazer a tona assuntos sensíveis, não existe hora certa ou errada para falar sobre os nossos sentimentos positivos em relação ao outro.



10 dicas para aquecer sua vida sexual


Passeando por uma livraria na sala de embarque de um aeroporto, deparei-me com uma quantidade de livros que estimulam a imaginação sobre o relacionamento sexual. Tratam-se de livros destinados tanto a homens quanto a mulheres e que contém promessas implícitas de felicidade já em seu título: “Como enlouquecer um homem na cama”; “Como enlouquecer uma mulher na cama”; “120 maneiras de fazer amor...”; etc.

Entretanto o que observei ao folhear os referidos livros, é que todos partem do mesmo pressuposto: que o prazer sexual é algo meramente fisiológico, glandular e que, com a devida estimulação, pode-se chegara um nível de satisfação jamais imaginado.

O grande equívoco dos autores é que o prazer sexual restringe-se ao biológico. Esta é apenas UMA dimensão do prazer sexual e, por incrível que pareça, a mais básica e fundamental das dimensões, alcançável por quaisquer animais ‘inferiores’ da zoologia.

A sexualidade humana tem dimensões que ultrapassam em MUITO o nível fisiológico, embora o mesmo de forma alguma deva ser desprezado ou menos valorizado. Entendo que o principal órgão sexual do ser humano é o seu cérebro. Prova disto é que basta um homem fechar os olhos e imaginar uma cena sexual que ele já tem capacidade de ter uma excitação em seus órgãos genitais.

Bem, qual a implicação deste fato? A principal dela é que o prazer sexual é intensificado pela nossa imaginação. Isso é facilmente comprovado quando vemos a enorme quantidade de dinheiro que é movimentada pelos chamados “disk-sexo” e pelos sex-shops e outras formas de investimento na imaginação, mesmo que baseados em pura perversão muitas vezes (como os instrumentos de sado-masoquismo que prometem intensificar o ‘prazer’).

Partindo do princípio que a nossa mente é a principal responsável por nosso prazer sexual, podemos enfatizar algumas dicas para incrementar este prazer ao modelarmos nossas mentes nesta direção:

DICA 1: Solidifique o vínculo
Para se ter prazer numa relação, a pessoa precisa estar o mais relaxada possível. As tensões conspiram contra a obtenção de um alto grau de prazer. Assim o quanto mais relaxado se puder estar durante a relação, mais efetivo será o prazer alcançado. Embora em alguns veículos de mídia se afirme que pessoas que tiveram relações casuais em um elevador ou em um banheiro de restaurante tiveram intenso prazer, o que na verdade ocorre é que tais pessoas confundem o prazer sexual com a ansiedade e que o que elas tiveram é uma descarga intensa de ansiedade pela circunstância como ocorreu o ato sexual e confundem o alívio da ansiedade com prazer.

Para estar relaxado é preciso ter uma confiança plena no outro e isso acontece na medida que o vínculo que se tem é sólido. Ter uma relação estável, duradoura, de aberta confiança é de extrema importância para estar relaxado durante o relacionamento sexual e poder entregar-se plenamente ao outro, desfrutando assim de maior prazer.

DICA 2: Mantenha uma comunicação aberta
Um outro elemento importante para se incrementar o prazer no relacionamento sexual é o conhecimento do outro. Saber o que agrada e o que desagrada o outro, quais são as formas como o outro espera que você se aproxime e inicie o relacionamento sexual e quais são os eventuais que o outro tem acerca da sexualidade, são elementos de vital importância na construção da intimidade e estas coisas só se obtém através de uma comunicação aberta e transparente. Sem esta comunicação haverá sempre uma “pressuposição de conhecimento” podendo gerar muitos equívocos ou ainda uma desconsideração do outro.

Muitos casais não conseguem conversar sobre sua intimidade e acreditam que o outro deva saber tudo sobre ele(a), como se o outro tivesse uma ‘bola de cristal’ e assim vão levando uma vida sexual medíocre por falta de conhecimento do outro e de diálogo sobre a sexualidade, ou limitam a sexualidade apenas à dimensão fisiológica, desfrutando de um prazer muito limitado e acreditando que é o máximo que podem alcançar.

DICA 3: Esteja presente emocionalmente
Isto tem a ver com o interesse pelo outro como pessoa integral e não somente pela genitália do outro. Casais que desenvolvem um alto grau de interesse um pelo outro entendem que no ato sexual não estão apenas usando o cônjuge como um objeto de satisfação de seus desejos sexuais, mas que o sexo transcende a isso – como expressão complementar de um afeto profundo.

Quando o outro é apenas usado – como se fosse um objeto que eu jogo fora depois de não precisar mais – o máximo que a pessoa vai conseguir é um orgasmo fisiológico. E alguns acreditam que não se pode conseguir mais que isso na relação sexual. É como se estivessem fazendo sexo com uma prostituta, que regula o tempo e que não tem o menor interesse em você como pessoa – você vale pelo que pode pagar, nada mais que isso.

Numa relação sexual onde se está presente emocionalmente, o outro é pessoa na relação e os interesses do outro são importantes. Há um desejo de agradar o outro (que é mútuo) e não apenas de usar o outro e nesta mutualidade o prazer se intensifica.

DICA 4: Desenvolva um alto grau de preocupação pelo outro
De certa forma este item está relacionado com o anterior. Para um desfrute intenso da relação sexual é necessário se estar atento e preocupado com o outro. O outro deve ser a pessoa mais importante em sua vida – acima de filhos, pais ou qualquer outra pessoa.

Saber de detalhes do dia-a-dia, das frustrações e alegrias, das angústias e necessidades do cônjuge leva a uma sintonia fina com o mesmo e um sentimento de unidade relacional que facilita o entregar-se plenamente no momento da relação. Quando se tem a liberdade de entrega plena na relação, com a redução de todas as tensões, ansiedades e medos de ser usado, com certeza se desfruta de uma maior intensidade de prazer.

DICA 5: Assegure um clima de confiança e fidelidade
Sem um clima de confiança não há verdadeira entrega. Ninguém se entrega plenamente ao outro se não puder confiar totalmente nesta pessoa. Isso está intimamente relacionado com os demais itens acima, em especial com a transparência na comunicação.

Em minha experiência de mais de 25 anos como terapeuta de casais e de famílias, tenho observado que quando se convive intimamente com outra pessoa, não se consegue esconder algo dela por muito tempo. Quando se tenta esconder algo, a relação se desestabiliza através de pequenos sinais e vai criando um clima de desconfiança, culminando na descoberta do que estava se tentando esconder – mesmo que isso leve algum tempo: às vezes anos – mas SEMPRE é descoberto. Isso acaba gerando DOIS problemas: o primeiro é o fato que se tentou esconder e o segundo é a tentativa de esconder propriamente dita.

Desta forma, através de uma comunicação transparente, eliminam-se as fantasias da “grama mais verde do vizinho”, pois esteja certo que quando a grama do vizinho parece mais verde, o principal motivo é que você não soube cultivar bem a sua!

DICA 6:Crie um ambiente “erótico” permanente
Não se deve confundir erotismo com pornografia. Um ambiente erótico permanente não significa assistir filmes pornográficos com o cônjuge, nem ir a boates de strip-tease. O que quero dizer com um ambiente erótico permanente é que não se pode estar o dia todo indiferente ao outro e à noite querer ter relações sexuais.

Pelo contrário, deve-se manter a eroticidade saudável de troca de abraços e beijos durante todo o tempo. Mesmo nos dias em que não se deseje manter relações sexuais. Isso vai assegurando ao outro que ela(e) é importante e desejável todo o tempo e não apenas quando eu ‘preciso satisfazer meus desejos’.

Há casais que acham que abraçar e beijar deve ser SEMPRE um preâmbulo da relação sexual – nada mais falso que isso! Abraços e beijos são expressões de ternura e carinho e devem estar presentes o tempo todo no relacionamento do casal. Quando isso não ocorre o relacionamento se empobrece. Além de ser um excelente referencial para os filhos, dando-lhes a segurança que seus pais se amam e que vão permanecer juntos cuidando deles – assim eles tem o mínimo de preocupações para limitar o desenvolvimento de todas suas potencialidades.

DICA 7: Seja criativo
A criatividade é um quesito importantíssimo no relacionamento conjugal. Falo da criatividade nos mais diversos aspectos. Seja criativo desde planejar um passeio a pé na vizinhança ou o preparar um almoço juntos, até a criatividade de um presente inesperado para comemorar o dia do nada!

A rotina não-criativa pode ser esmagadora para o relacionamento conjugal. Isso não significa que é necessário mudar as rotinas todos os dias. O que é necessário é incrementar detalhes nas rotinas. Por exemplo: pode-se arrumar a “mesa do jantar” do sábado no chão da sala e desfrutar de um piquenique ‘indoor’ com toda a família, só para variar um pouquinho.

DICA 8: Divirtam-se juntos
Há casais que fazem de seu relacionamento um diálogo de velório. Só falam de problemas, doenças, quem morreu ou quais dívidas precisam ser pagas. Jamais riem juntos ou contam algo engraçado que lhes aconteceu durante o dia.

Para divertir-se juntos não é preciso ir ao cinema ou ao teatro toda a semana, nem fazer maravilhosas viagens de férias. É preciso desenvolver um senso de humor que esteja presente todos os dias nas pequenas coisas. Rir de si mesmo e do outro nas trapalhadas que todos cometemos no cotidiano torna o ambiente familiar mais relaxado e a intimidade mais espontânea – além de produzir serotonina, um neurotransmissor responsável por sentimentos de bem-estar. E quando nos sentimos bem, temos mais disposição para a relação sexual.

DICA 9: Cultive a ternura
Mostre a seu cônjuge que seu interesse não é só no corpo dele ou dela, mas na PESSOA integral! A ternura se manifesta em pequenas expressões, em olhares ternos, em gestos de solidariedade e apoio. Não é tão importante fazer longas declarações de amor quanto secar uma louça ou separar documentos para a declaração do imposto de renda para ajudar a pessoa a quem se ama.

São gestos que denotam que você se preocupa efetivamente com o bem-estar do outro e que deseja ver o outro feliz nas várias dimensões da vida. Um andar de mãos dadas na rua, um colocar o braço ao redor do ombro do outro durante o sermão na igreja, uma palavra de muito obrigado por uma ajuda necessária – são todos gestos de ternura que fortalecem o vínculo e favorecem a entrega total ao outro, incrementando o prazer no momento da relação sexual.

DICA 10: Seja Sensual
Existem casais que tornaram a relação sexual uma rotina tão aborrecida que nunca desfrutam de um prazer verdadeiro. Acham que depois de alguns anos de casado já não precisam se arrumar para agradar o outro esteticamente – especialmente os homens são campeões de relaxamento neste quesito.

A sensualidade não passa por vestir fantasias com máscaras ou apetrechos como a mídia às vezes veicula, mas passa sim pelo cuidado com si mesmo ao relacionar-se com o cônjuge.

Nisso é MUITO importante o asseio pessoal! Nenhum cônjuge vai ser despertado ao prazer da relação se o outro estiver fedendo a suor ou chulé! Deve-se tomar um bom banho, colocar um perfume atrativo (não demasiado, nem enjoativo), usar vestimentas bonitas – não o velho pijama de flanela com o joelho esgarçado, escovar os dentes para um hálito agradável, enfim ter os cuidados que se tinha quando saíam para namorar quando se conheceram.

Também é importante o cuidado com a saúde pessoal. Não um hedonismo (culto ao corpo), mas um cuidado saudável para mostrar-se atraente ao outro. Há pessoas que depois que se casam pensam que não precisam mais cuidar da aparência porque isso já não é importante ao outro e então engordam 50, 60 quilos, não cuidam dos cabelos ou das unhas, enfim vão relaxando de uma forma geral e acabam adoecendo de várias maneiras e causando um afastamento do outro.

Não é preciso ir à academia malhar todos os dias, mas creio que manter-se em bom estado de saúde e em certa forma física, dentro de parâmetros aceitáveis para a idade que se tem são bons promotores de proximidade relacional e de saúde sexual do casal.

Conclusão
Talvez alguns leitores estejam decepcionados com o conteúdo do artigo pois esperavam, quem sabe, algumas sugestões de formas diferentes de se manter relações sexuais ou mesmo posições excitantes do tipo Kama Sutra, porém estou convicto, após 25 anos como terapeuta de casais, que o que REALMENTE gera um profundo prazer no relacionamento sexual transcende EM MUITO à dimensão fisiológica do ato em si e tem relação com a unidade mais profunda – uma unidade de alma – que vincula, relaxa e permite uma entrega incondicional, e esta sim está na base de um verdadeiro desfrute entre o casal!

Carlos “Catito” Grzybowski
Psicólogo – CRP 08/1117 - Terapeuta Familiar – Mestre em Psicologia
autor de vários livros, entre os quais: “Macho e Fêmea os criou: celebrando a sexualidade” e “Como se livrar de um mau casamento” – Editora Ultimato
coordenador de EIRENE do Brasil (http://www.eirene.com.br/)

Grupo Candeia


Grupo Candeia é um grupo cristão de casais jovens. Nos reunimos na cidade de Timbó. Fazemos encontros onde a Palavra de Deus é o centro. Temos momentos de louvor, oração e muita conversa e descontração. Nosso lema é: "mantenha a chama acesa".