sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Como ouvir melhor.

Duas pessoas podem conversar uma com a outra debaixo do mesmo teto durante anos e, ainda assim, nunca se encontrar de verdade.
Nosso marido, ou nossa esposa, esta contando sobre o seu dia para nos. Nós continuamos olhando para a TV ou lendo o jornal, emitindo um som de vez em quando. O telefone toca. E um de nossos amigos. Ouvimos a cada palavra do que ele diz. O nosso parceiro nos ouve responder animados, realmente interessados, demonstrando uma simpatia profunda ou uma alegria autêntica com o conteúdo da conversa. Fazemos longos silêncios enquanto procuramos entender exatamente o que nosso amigo esta nos dizendo. Fazemos um sinal para que nosso marido ou mulher abaixe o volume da TV e sentamos numa cadeira de costas para ele ou ela, dando ao telefone nossa total atenção.
A maioria das pessoas é perfeitamente capaz de ouvir, mas realmente não fazemos isso com a pessoa que mais vemos e cuja voz mais ouvimos. É fácil pensar que a parte mais importante da comunicação é falar: ser articulado, um bom contador de historias, ter sabedoria para divulgar e opiniões para proclamar. A Bíblia desafia claramente essa visão, enfatizando muito mais a necessidade de ouvir. O livro de Provérbios nos diz que quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha (Provérbios 18.13). Mas quantos de nos não fazemos exatamente isso? O apostolo Tiago no Novo Testamento nos alerta de maneira semelhante: "Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se" (Tiago 1.19). Talvez seja por isso que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca - para que possamos aprender a ouvir duas vezes mais do que falamos. Quando vivermos de acordo com o conselho de Tiago, todos os nossos relacionamentos funcionam melhor.
Como seres humanos, um de nossos maiores anseios é ser ouvido e compreendido. Isso satisfaz uma necessidade fundamental que qualquer pessoa tem - a de não ficar sozinha. A organização inglesa Os Samaritanos lançou uma campanha publicitária com um pôster de uma orelha enorme e um texto que dizia: "Aberto 24 horas" . A organização existe para dar apoio a qualquer pessoa, oferecendo um ouvinte disponível a qualquer hora. Algumas pessoas fazem aconselhamento ou terapia simplesmente para garantir que pelo menos uma pessoa ouvirá o que elas têm para dizer durante mais ou menos uma hora. Com certeza nos não deveríamos ter que pagar por isso.
No casamento, corremos o perigo de não nos dar ao trabalho de ouvir, ou por preguiça ou porque achamos que já sabemos o que o outro vai dizer. Facilmente adquirimos hábitos prejudiciais, como interromper o outro, simplesmente se desligar, ou terminar a frase do outro antes dele. Nas palavras de um conselheiro:
O dom de ser um bom ouvinte, que exige pratica constante, é talvez o dom com o maior potencial de cura de todos; pois permite ao outro simplesmente ser, coloca o outro em um lugar seguro, não o julga nem aconselha, e comunica apoio num nível mais profundo que as palavras.
Ouvir é uma maneira poderosa de demonstrar que o outro é importante para nós, mas é também um exercício difícil. Ouvir nosso marido ou mulher à medida que ele ou ela derrama seus sentimentos ou expressa as suas opiniões requer esforço.
Muitos de nós não somos bons ouvintes, embora poderíamos ser. Melhorar nossa capacidade de ouvir, porém, é investir no nosso casamento. As seguintes cinco categorias nos ajudaram a identificar as nossas falhas nesse sentido. (alguém pode se identificar com todas as cinco!)

AS CINCO CATEGORIAS DO MAU OUVINTE

1. O palpiteiro
­Em vez de tentar simpatizar com nosso marido ou mulher, o palpiteiro quer resolver o problema, dando uma sugestão rápida: "E isso que você precisa fazer". Caso levado a um extremo, e se não houver consciência do problema, essa mania pode levar a destruição de um casamento:
Conheci Patrick quando ele tinha 43 anos e estava casado há dezessete. Lembro-me bem dele porque suas primeiras palavras foram dramáticas. Ele se sentou na cadeira de couro de meu escritório e após uma breve apresentação inclinou-se para frente e disse tomado de grande emoção: - tenho sido um idiota, um perfeito idiota!
Perguntei-lhe:
- o que te fez chegar a essa conclusão?
- Tenho 17 anos de casado e, de repente, minha mulher me deixou. Só agora pude perceber como sou idiota!
Ao ouvir suas palavras, mantive minha pergunta inicial:
- De que forma você acha que tem sido um idiota?
- Deixe-me explicar. Minha esposa chegou em casa após um dia de trabalho e contou-me que estava passando por alguns problemas em seu emprego. Eu a ouvi e disse-lhe o que ela deveria fazer. (Eu sempre lhe dei conselhos). Os problemas não costumam sumir facilmente, e ela deveria conversar com as pessoas envolvidas ou o supervisor de seu departamento. Seria necessário que ela enfrentasse aquela situação. No dia seguinte,porem, ela chegou do serviço e falou dos mesmos problemas. Eu então perguntei se ela fizera o que eu sugerira no dia anterior. Ela sacudiu a cabeça e disse que não. Repeti, naquele momento, o mesmo conselho. Disse-Lhe que aquela era a forma correta de lidar com a situação. No dia seguinte ela chegou em casa e apresentou novamente os mesmos problemas. Mais uma vez eu lhe perguntei se fizera o que eu propusera. Mais uma vez ela sacudiu a cabeça e disse que não.
Após umas três ou quatro noites fiquei muito bravo e disse-lhe que não contasse mais comigo enquanto não fizesse o que eu lhe recomendara. Ela não precisava viver sob aquela pressão, pois resolveria seu problema se simplesmente fizesse o que eu lhe falara. Na próxima vez em que ela veio-me falar sobre aquele problema, eu lhe disse:
- Não quero mais ouvir sobre isso. Já lhe falei varias vezes o que fazer. Se você não quer ouvir meus conselhos também não desejo mais ouvir falar sobre este assunto!
(.. .)
Ele prosseguiu o seu relato: - Eu me retirei e dirigi-me ao meu trabalho. Como fui idiota! Agora percebo que, quando ela me falava sobre suas lutas no trabalho, não desejava meus conselhos. Ela queria solidariedade. Desejava que eu a ouvisse, desse-lhe atenção, E dissesse-lhe que entendia, a dor, a pressão e a tensão pelas quais passava. Ela queria ouvir que eu a amava e estava ao seu lado ela não desejava conselhos, porém a minha compreensão. Mas eu jamais tentei entendê-Ia. Estava muito afastado dela ao conceder-lhe apenas conselhos.

2. O chato
Em vez de ouvir o que o outro fala, é muito fácil ficar pensando sobre o que falar depois. A maioria das pessoas não ouve com a intenção de entender, elas ouvem com a intenção de responder. Quando não estão falando, elas estão se preparando para falar. Geralmente sobre sua autobiografia.
Um indivíduo ouve, em média, dezessete segundos antes de interromper. Às vezes isso se torna um hábito tão arraigado que maridos e esposas não têm sequer consciência de que estão interrompendo o outro. Esse hábito é ainda mais perigoso para o mais articulado dos dois. Algumas pessoas costumam elaborar sua opinião à medida que falam, enquanto o seu parceiro muitas vezes costuma primeiro pensar no que dizer e só depois falar. Nesses casos, é preciso muita determinação para não terminar as frases do nosso marido ou mulher, ou responder o que nos achamos que eles dirão. Precisamos aprender a esperar e ouvir, pois o chato pode acabar desencorajando completamente o seu parceiro.

3. O confortador
O confortador é a pessoa que se apressa, antes do outro terminar sua frase, em tecer comentários como: "Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem", ou "Você vai se sentir bem melhor amanhã". Os confortadores impedem qualquer expressão real dos sentimentos, quer sejam de ansiedade, de decepção ou mágoa, muitas vezes porque eles mesmos precisam da segurança de que não existe nenhum grande problema, e que a sua própria vida pode continuar tranqüilamente.

4. O racional
O racional, em vez de procurar ouvir, concentra-se em explicar porque nos sentimos assim. Ao ouvir "Eu tive um dia terrível", ele responde: "Isso, sem dúvida, é o resultado de uma combinação de fatores - o clima esta ruim, você esta sob pressão no trabalho e você provavelmente esta preocupado com as finanças".

5. O cara que muda de assunto
Algumas pessoas, ao invés de comentar o assunto em questão, levam a conversa por outro caminho, geralmente para algum assunto que interesse os dois. Eles dizem "isso me lembra aquela vez em que...", e lá vamos nós.
Nós todos temos a capacidade de nos tornarmos bons ouvintes, mas precisamos estar dispostos a reconhecer onde falhamos, e a aprender. As seguintes recomendações podem parecer artificiais a princípio, mas elas são essenciais para um bom ouvinte, e tem nos ajudado a melhorar nossa comunicação no decorrer dos anos.

APRENDENDO A OUVIR

A. Dedique sua atenção completa
Um filme mostra uma adolescente que se rebela contra os valores dos seus pais. Logo no início do filme, a menina quer conversar com o pai sobre algumas questões que a preocupam. Ele está desesperado para terminar um texto, e continua a trabalhar no seu computador enquanto ela tenta juntar a coragem para expressar seus sentimentos. Os olhos dele nunca deixam a tela do computador, e depois de alguns minutos ela resolve não dizer nada. A incapacidade do pai em ouvir teve conseqüências desastrosas sobre a vida da filha.
No outro extremo, uma mulher escreveu sobre o seu pai: Eu tinha tanto orgulho dele, com os seus altos cargos no governo indiano. Eu ainda consigo vê-lo, vestido impecavelmente, ajustando seu turbante no espelho antes de partir para o escritório. Os seus olhos amigáveis debaixo das grossas sobrancelhas, o sorriso gentil, o rosto bem delineado e o nariz aquilino. Uma das minhas melhores lembranças era de vê-lo trabalhando no escritório. (...) Muitas vezes, quando eu era menina, tinha alguma pergunta que eu queria fazer, e eu espiava pela porta entreaberta do escritório, hesitando interromper. Então o seu olhar se cruzava com o meu.
Largando a sua caneta, ele se inclinava na sua poltrona e chamava: "Venha, querida, sente aqui". Então, ele perguntava gentilmente, "o que eu posso fazer por você?" Ele não se importava que eu o incomodasse. Sempre que eu tinha uma pergunta ou problema, independente de quão ocupado ele estivesse, ele deixava seu trabalho de lado para dedicar toda a sua atenção para mim.
Um pai demonstrou que estava ouvindo. O outro falhou nesse sentido. No casamento, assim como com os filhos, dar total atenção comunica amor.
Os estudos de comunicação revelam que menos de dez por cento daquilo que queremos comunicar envolve o uso das palavras. O tom da voz vale por mais ou menos quarenta por cento, e nossa linguagem corporal pelos outros cinqüenta. Isso vale tanto para ouvir quanto para falar.
A proximidade física ajuda na comunicação: gritar nossas conversas de um quarto para o outro não é muito eficiente. Se o seu marido ou esposa precisa contar alguma coisa que o chateou, sentar perto dele, abraçá-lo e, o mais importante de tudo, olhar para ele demonstra o seu interesse. O contato visual passa a mensagem: "Eu estou interessado no que você esta dizendo, e eu estou te dando a minha atenção completa" .

B. Enfrente as distrações
É difícil dedicar à atenção completa quando existem coisas práticas que precisam ser feitas. Um pode tranqüilamente sentar em meio ao caos, ou arrumar as coisas e ter uma conversa profunda ao mesmo tempo. Outro não consegue se concentrar no que está sendo dito. Também é difícil ouvir alguém quando existem muitos barulhos ao fundo. Se tiver uma TV no mesmo quarto, é praticamente impossível a concentração no que a outra pessoa está dizendo.
Mais forte do que a TV ou um jornal, no entanto, é que, inconscientemente, nós muitas vezes gastamos muito mais tempo numa conversa ouvindo a nós mesmos. É como se houvesse uma TV ligada dentro de nós, que constantemente chama a nossa atenção. As palavras da outra pessoa engatilham nossos pensamentos e memórias.
Se o nosso marido diz: "Eu estava falando com o Chris hoje; a mãe dele acabou de morrer", nós imediatamente começamos a pensar sobre Como nos sentimos quando perdemos um dos nossos pais. Se nossa esposa diz: "Eu estava voltando de carro para casa e as flores estavam lindas..." a nossa mente se enche de pensamentos obscuros sobre tudo o que precisa ser feito no jardim. Assim, os nossos próprios pensamentos e memórias obstruem o nosso ouvir, e pode ser que nossa próxima observação não tenha nada a ver com o que nosso parceiro estava dizendo.
Pode ser difícil não desenvolver uma conversa separada em nossa própria mente, especialmente se estivermos ocupados e nossa mente estiver cheia. O nosso objetivo deveria ser deixar nossos pontos de vista e nossas agendas de lado e tentar entender o que nosso parceiro esta dizendo. Stephen Covey enfatiza o impacto dessa atitude:
Procure primeiro entender, e depois ser entendido.
É significativo que o ideograma chinês para ouvir inclui símbolos para os olhos, o coração e a mente, assim como para o ouvido.

C. Demonstre interesse
Se decidirmos nos interessar pelo que a outra pessoa está dizendo, ouviremos com cuidado; caso contrário é fácil se desligar. Uma mulher nos contou sobre as suas visitas a casa da sua mãe. Ela queria aproveitar a oportunidade para conversar sobre questões importantes, o significado da vida, e assim por diante. A sua mãe, no entanto, gostava de discutir questões mais mundanas, como o preço da batata, o cachorro do vizinho, ou um programa de TV. A filha rapidamente parava de ouvir, pensando em como a sua mãe levava uma vida chata.
Então um dia, de repente, ela percebeu que essa era a vida da sua mãe. Isso a pegou de surpresa. "Eu disse a mim mesma: 'A minha mãe sempre se interessa por tudo o que eu faço', e eu de repente percebi que eu não fui muito generosa com ela. Então eu fiz um esforço consciente para me interessar e ouvir, e isso tem feito uma diferença enorme no nosso relacionamento."
E inevitável que as pessoas tenham interesses diferentes. Esforçar se para ouvir o que os outros consideram interessante é uma maneira admirável de demonstrar nosso amor.
Se quiser ser interessante, seja interessado. Faça perguntas que o outro vai gostar de responder.

D. Ouça de maneira inteligente
Reviver e descrever em detalhes alguma ferida ou problema antigo pode ser difícil. É mais fácil contornar o assunto ou falar sobre ele com humor. Às vezes é preciso ouvir o que esta por trás das palavras do outro, e detectar um assunto oculto. Um bom ouvinte terá a coragem de fazer o outro se expor com perguntas gentis nos momentos certos.
Precisamos dar ao outro tempo para falar, porque muitas vezes não sabemos exatamente porque nos sentimos como nos sentimos. Articular a nossa dor nos permite começar a ver as coisas em perspectiva. Não tenha medo dos momentos de silêncio. Para algumas pessoas, o silêncio ajuda a organizar os pensamentos, e esperar em silêncio demonstra a nossa preocupação.

E. Ouça sem crítica
A comunicação floresce na aceitação mútua, e é esmagada pela crítica. Nós precisamos aprender a ouvir sem ser defensivos e nem metidos. Entender os sentimentos do nosso marido ou esposa já é meio caminho andado para resolver uma situação difícil.
Muitas vezes, quando conversamos com nosso marido ou esposa, nossas emoções ainda estão cruas. As nossas palavras podem parecer confusas e contraditórias, podemos mudar de idéia sobre os nossos sentimentos à medida que nos expressamos. O ouvinte fracassa completamente (e cruelmente) se começar a catar furos no caso do seu marido ou mulher, ou em sua lógica.

F. Reconheça os sentimentos do seu parceiro
Repetir com nossas próprias palavras o que nosso parceiro está nos dizendo e muito útil, especialmente quando sentimentos profundos estão sendo expressados. Isso permite que nosso marido ou esposa saiba que estamos na mesma freqüência, e que nos o compreendemos bem.
Por exemplo, uma esposa diz: ''As crianças estão me deixando louca - elas não pararam de gritar e brigar o dia todo". Em vez de imediatamente sugerir uma solução, o marido pode primeiro reconhecer os seus sentimentos, dizendo: "Isso deve ter sido extremamente difícil para você".
Ou um marido diz: "Eu não sei como e que a gente vai fechar as contas. Não consigo ganhar mais. Estou realmente preocupado com isso". A sua esposa pode demonstrar que ouviu os sentimentos do marido dizendo: "Eu sinto muito que você esteja tão preocupado. Vamos conversar sobre isso".
Ou uma esposa diz: "Eu fiquei muito chateada quando você, de repente, me Contou sobre a possibilidade de um emprego novo. Se tivermos que nos mudar, eu odeio a idéia de perder o contato com nossos amigos". De novo, o marido precisa mostrar que ouviu e entendeu o que ela está sentindo, talvez respondendo: "Eu não tinha pensado que você ficaria chateada com a perspectiva de perder o contato com os amigos". Usar exatamente as palavras do nosso parceiro, no mínimo, indica que estamos ouvindo.
Reconhecer sentimentos dessa maneira pode parecer não natural e forçado a princípio, mas é uma ferramenta poderosa para aprender a ouvir e construir a intimidade emocional.
Nicky Alguns meses atrás um líder largou um de nossos cursos. Embora minha agenda estivesse lotada de compromissos à noite, eu não vi outra saída a não ser concordar em liderar o grupo eu mesmo durante quatro noites. Quando eu contei para a Sila, eu esperava a compreensão dela pelo meu comprometimento extra em termos de tempo e trabalho. Ao contrario, a Sila ficou brava e foi injusta, ou pelo menos essa foi a minha impressão.
Algumas semanas depois, ela começou a me dizer como ela estava decepcionada comigo por eu ter disponibilizado algumas das nossas noites livres sem conversar com ela antes. Cheio de autopiedade, eu imediatamente defendi a minha decisão. Eu percebi depois que o que eu realmente deveria ter feito era ouvir a Sila, e compreender os seus sentimentos. Ela estava ferida. Ela sentiu que as pessoas do curso eram mais importantes para mim do que a nossa família.
Em situações como essa, o objetivo é entender e aceitar os sentimentos do companheiro, e não julgar se eles estão certos ou errados.

G. Só dê conselhos quando lhe pedirem
Nós precisamos nos proteger do desejo de resolver o problema. Dar conselhos é muitas vezes contraproducente, porque o que o outro precisa não é de uma solução rápida. Quando damos um conselho, pode parecer que estamos diminuindo a importância dos sentimentos do outro. O processo de explorar os nossos sentimentos e ir ao encontro do outro com aceitação e empatia e a solução. Geralmente, quando nosso marido ou mulher quiser nosso conselho, eles vão pedir.


Aprender a ouvir pode transformar o nosso casamento completamente.

"Nós aprendemos a ouvir de uma forma muito melhor, e não sentimos mais a necessidade de culpar o outro."
"Eu aprendi a ouvir as reais necessidades da minha esposa."
"Para nos, foi bom ouvir o outro com ouvidos de compaixão."
"Ouvir ajudou a nós dois. Nós deixamos o outro terminar o que ele tem para dizer."
"Eu aprendi a ouvir de uma nova maneira; as coisas pequenas são importantes."
A arte da comunicação

Conclusão
Diane Vaughan, uma socióloga que trabalha na Oxford University, dedicou dez anos a pesquisar os motivos pelos quais os casamentos acabam. Como parte de sua conclusão, ela escreveu:
Começa com o parceiro que se sentiu descontente primeiro. Primeiro, ele ou ela tentara esconder o descontentamento, fingir que ele não existe, ou que ele vai sumir. Ao invés disso, ele cresce cada vez mais forte, e depois de algum tempo aquela primeira pessoa tentará mostrar o problema ao parceiro, geralmente com dicas vagas ou reclamações que são quase sempre ignoradas ou passam despercebidas.
Em outras palavras, os seus dez anos de pesquisa revelaram que, em quase todos os casamentos que acabam, existe uma falha de comunicação.
Não existe nenhum substituto no casamento para falar bem e ouvir bem. Dois indivíduos que pensam diferente e sentem de maneiras diferentes se juntam e se tornam um só. A comunicação é a ponte que conecta um ao outro, pois nós não sabemos ler mentes, e nem ver o que existe dentro do coração do outro. Quando não conseguimos nos comunicar, nós erguemos a ponte e nos retiramos em nosso castelo solitário. À medida que nós optamos por nos comunicar, nós baixamos a ponte e convidamos o outro para entrar. Nós concedemos ao outro acesso aos nossos lugares secretos.
Segunda regra de ouro do casamento
Continue falando e continue ouvindo o outro.


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